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Graça Comum – Michael Horton

Galileo Demonstrating the New Astronomical Theories at the University of Padua (Galileo en la Universidad de Padua demostrando las nuevas teorías astronómicas), 1873, Félix Parra

Galileo Demonstrating the New Astronomical Theories at the University of Padua (Galileo en la Universidad de Padua demostrando las nuevas teorías astronómicas), 1873, Félix Parra (Félix Parra Díaz, Mexican Academic Painter, 1845-1919), oil on canvas, 166.9 cm x 184.5 cm (65.71 x 72.64 in.), Museo Nacional De Arte (Munal, Art Museum), Ciudad de México, Mexico. Large size here.

Assim como alguns cristãos exigem envolvimento direto de Deus em suas vidas a ponto de presumir que conseguem discernir seus planos secretos, alguns cristãos esperam que a Escritura trate de todas as contingências possíveis de suas vidas. Embora tenhamos que limitar a declaração “Assim diz o Senhor” àquilo que Deus realmente disse (agora documentado na Escritura), não podemos limitar nossa busca da verdade, bondade e beleza apenas às páginas da Escritura. A realidade da graça comum de Deus significa que somos livres para buscar – na verdade, espera-se que busquemos – verdade, bondade e beleza onde quer que o Espírito as tenha espalhado, mesmo em fontes seculares.

Temos de rejeitar a falsa dicotomia que presume que Deus ou revela diretamente cada passo a ser tomado ou não ordena em nada os nossos passos. Temos de lembrar que, conquanto a Escritura nos conduza à verdade infalível, mesmo nos pontos que se sobrepõem à graça comum, Deus deu dons a todas as pessoas, crentes e descrentes, e devemos tirar proveito desses dons numa grande variedade de chamados e carreiras terrenas.

(Michael Horton, teólogo cristão sistemata norte americano. In: Bom demais para ser verdade: encontrando esperança num mundo de ilusão. Tradução: Elizabeth Gomes. São José dos Campos [SP]: Editora Fiel, 2013, p. 105. Itálicos meus. Livro no prelo. Confira também neste site: A variada esfera do saber e do conhecimento secular – João Calvino e O ouro e a prata dos egípcios – Agostinho).