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A mais elevada atividade da alma humana – D. M. Lloyd-Jones

The Agony in the Garden (Christus in Gethsemané / A Agonia no Jardim), 1851,  Eugène Delacroix

The Agony in the Garden (Christus in Gethsemané / A Agonia no Jardim), 1851,  Eugène Delacroix (French Romantic Painter, 1798-1863), oil on canvas,  34 x 42 cm (1.1 x 1.3 ft), Rijksmuseum, Amsterdam, The Netherlands. Large size here.

Quando alguém está falando com Deus, está no ápice de sua vida. É a mais elevada atividade da alma humana e, portanto, é ao mesmo tempo a prova suprema da verdadeira condição espiritual do homem. Como cristãos, nada fala tão fielmente a verdade a nosso respeito como a nossa vida de oração. Tudo que fazemos na vida cristã é mais fácil do que a oração. Não é tão difícil dar esmolas… pode-se encontrar verdadeiro espírito filantrópico em pessoas que nada têm de cristãs… O mesmo aplica-se também à questão da disciplina pessoal – refrear-se de certas coisas e aplicar-se  a determinados deveres e tarefas. Deus sabe que é muito mais fácil pregar, como faço, do púlpito, do que orar. A oração é, sem dúvida, a prova última, porque o homem pode falar com muito maior facilidade com os outros humanos, do que com Deus. Em última instância, pois, o homem descobre a verdadeira condição de sua vida espiritual quando se examina em particular, quando está a sós com Deus… não sabemos nós o que é perceber que, por qualquer razão, temos menos para dizer a Deus quando estamos sozinhos do que quando estamos na presença de outros? Não deveria ser assim; mas frequentemente o é. Portanto, é quando deixamos o terreno das atividades e dos afazeres externos relacionados com outras pessoas, e nos pomos a sós com Deus, que ficamos sabendo de fato onde estamos, no sentido espiritual. Não é somente a suprema atividade da alma; é a prova última da nossa verdadeira condição espiritual.

(LLOYD-JONES, D. Martin. In: Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 46. Confira: Mensagem para Hoje; Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones. Seleção feita por Frank Cumbers. Tradução Odayr Olivetti. PES: São Paulo, s.d., p. 59)