Toy Story 2 – Gilson Santos
(ATENÇÃO: Texto que escrevi originalmente em 13/03/2010, quando estive no cinema com minha filha mais nova. Contém spoiler moderado.)
Hoje duas crianças foram juntas ao cinema: uma de onze anos e eu. A parte mais nova da dupla teve o privilégio de escolher o que assistiríamos. Assim fomos, eu e ela… ôops… ela e eu, assistir Toy Story 2 (mesmo título no Brasil e em Portugal, Toy Story 2: Em busca de Woody). Imagina aquela criança de onze anos, com aqueles óculos para 3D, com um sorriso largo no rosto, absolutamente encantada em sua primeira sessão com uma tela em três dimensões! Imaginou? Para ela, o maravilhoso foi assistir a animação, e para mim, o encanto dela.
Bom, eu também gosto demais de Toy Story. De fato acho as animações da Pixar destinadas não apenas ao público infantil — ou direcionadas às crianças de todas as idades e em todos os corpos, novos ou velhos. Eu considero o cowboy Woody simplesmente formidável! Ele é um herói muito querido, com aquela estrela de sheriffe no peito, e aquele virtuosismo todo! E o que dizer daquele super herói espacial, o Buzz Lightyear? Ele é simples e afirmativo. Aquele seu refrão nada despretensioso, “ao infinito e além”, ecoado ante a completa ausência de superpoderes “na vida real”, porém compensados por uma completa dedicação e um virtuosismo de cavaleiro de távola, faz com que ele seja o amigo que todo mundo quer ter. Bom, todo aquele quarto de brinquedos é simplesmente mágico. Aquele é um quarto de menino, com o perdão das meninas que me leem.
Olhe, vá com seu filho ou sua filha assistir a essa animação, se eles ainda são mais crianças do que você. E se não forem, então vá com um sobrinho ou neto! Assim terá uma boa desculpa, e não precisará ficar se justificando! Toy Story 2 é um longa-metragem norte-americano de animação computadorizada de 1999, produzido pela Pixar em parceria com a Disney. É a sequência de Toy Story, de 1995. Assisti a primeira edição, porém ainda não em sala 3D. Mas que coisa fantástica foi assistir em três dimensões!
Andy, um menino típico de sua idade, foi para um acampamento de verão. Enquanto isso, seus brinquedos (mostrados como seres com vida) o esperam em sua casa. É nesta segunda animação da série que Woody conhece a cowgirl Jessie e o cavalo Bala no Alvo, e descobre algo bombástico sobre sua identidade. Woody será colocado diante de um dificílimo conflito: terá que decidir entre ficar com o menino Andy e fazer parte da vida de uma criança (que um dia vai crescer) ou ir para o museu e ficar para sempre sendo observado por visitantes. O roteiro traz uma grande lição sobre o valor da amizade, e sobre algumas coisas realmente importantes na vida. Mesmo algumas coisas que já saibamos de antemão que algum dia não farão mais parte de nossa vida, ainda assim podem ter uma importância capital nela. Afinal, deste lado de cá da eternidade, só temos uma vida.
Woody é dublado para o português brasileiro por Marco Ribeiro e Buzz pelo também excelente Guilherme Briggs. A trilha sonora tem momentos que vão desde o absolutamente divertido ao absolutamente comovente. Os efeitos sonoros são uma outra atração. A animação foi laureada com alguns prêmios de destaque. “When She Loved Me” (Randy Newman) foi indicada ao Oscar de Melhor Canção. Alexandre Lippiani, que era o dublador original do personagem Woody na versão brasileira, em Toy Sory 1, faleceu em um acidente de carro em 1997, dois anos antes do lançamento de Toy Story 2. Após o acidente que matou o ator e dublador, Marco Ribeiro tornou-se o dublador definitivo do personagem. Enfim, essa parceria entre a Pixar e a Disney tem produzido bons resultados. Vida de Inseto, em 1998, foi outra animação muito interessante desse consórcio.
Talvez você diga: “Mas que sujeito criança!” Ora, se você é mulher já deveria ter aprendido que homens custam a amadurecer! E se você é homem, vê se cresce, ouviu?